quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Bong - Beyond Ancient Space (2011)

Esta banda de Newcastle, do ponto de vista discográfico, é, no mínimo, estranha! Senão vejamos: antes de lançarem o seu primeiro álbum ou outro registo em nome próprio, ou seja, por entre um conjunto de splits chegaram ao mercado dois álbuns ao vivo e, após o EP "Bethmoora", em 2008, uma compilação… de temas inéditos que versam em torno da temática "Easter Sunday". No seguimento de cada álbum, há sempre registos ao vivo subsequentes - após o disco "Bethmoora", de 2009, foram lançados quatro registos ao vivo! Não queremos com isto dizer que há modelos definidos ou pré-estabelecidos de promoção e/ou divulgação de projectos, somente salientamos a estratégia atípica no caso particular dos Bong.
Quem passar umas horas pela discografia da banda, não negará o seu gosto pelo palco e, sobretudo, o gosto em poder legar as experiências das suas actuações, mostrando que esta não é uma banda de canções, mas antes de jam sessions e quer os registos de estúdio quer as performances ao vivo demonstram essa vertente deste quarteto.
Assim, este "Beyond Ancient Space", do alto dos seus quasi 80 minutos, divide-se em três longas jams e, comparativamente ao passado, as coisas mantêm-se sem grandes alterações, no mesmo patamar, onde para além da duração dos temas continuar a ser levada ao extremo - talvez aqui ainda um pouco mais -, continuam os ritmos ultra-lentos, as atmosferas que misturam uma densidade obscura com um misticismo com leve travo a oriente, muito por culpa de um Mike Vest que aqui marca um belo, mas discreto, trabalho de guitarra e de uma presença bem mais notória do trabalho de Ben Freeth na cítara e shahi baaja, enquanto Dave Terry encarrega-se de vocalizações que mais lembram cânticos no mais profundo êxtase ao mesmo tempo que retira das cordas do seu baixo os sons que conferem o ar mais doente deste registo.
Aqui, não iremos encontrar um golpe de génio como foi a versão de "Set The Controls For The Heart Of The Sun", mas antes um puxar para diante o som dos Bong, ir ao limite, sem macular a sua identidade e sonoridade. Mas falta qualquer coisa que o torne realmente empolgante.
Quem conhece, vai gostar, certamente. Quem tomar contacto com a banda através deste álbum, torcerá o nariz ou então levará o seu tempo a incorporar mais esta experiência sónica. (12.8/20)


English:
This band from Newcastle, in terms of discography releases, is a little bit strange. Consider this: before their first album or other record on their own behalf, not through a set of splits, entered the market with two live albums, and after the EP 'Bethmoora' in 2008, a compilation of... unpublished songs, dealing around the 'Easter Sunday' theme. Following each album, there is always subsequent live records - after the disc 'Bethmoora', 2009, were released four!
This is not to say that there are defined pre-established guidelines for promoting and/or disclosure projects, we are only emphasizing the atypical strategy in the particular case of Bong.
Those who spend a few hours with the band's discography, cannot deny their taste for stage performances, and especially likes to bequeath their experiences of their concerts, showing that this is not a band of songs, but a jam session one and studio records or live acts demonstrate this aspect of this quartet.
Thus, 'Beyond Ancient Space', from the top of its almost 80 minutes, divided into three long jams, and compared to the past, one say that things remain without major changes, where beyond the length of the tracks continue to be taken too far - maybe a little more here - still the ultra-slow rhythms, atmospheres that blend an obscure density of mysticism with a slight oriental aftertaste, much by the fault of Mike Vest’s beautiful guitar work, and a more visible presence and the work of Ben Freeth on the sitar and shahi baaj, while Dave Terry is in charge of vocalizations that are more reminiscent of songs in the deepest ecstasy while off the strings of his bass the sounds extracted give us the sickest parts of this record.
Here, we will not find a stroke of genius as the version of 'Set The Controls For The Heart Of The Sun', but a pull on the Bong’s sound, going to the limit, without tarnishing his identity and sound. But there is something missing that makes it really exciting.
Who knows, you'll like, indeed. Those who make the first contact with the band through this album, will twist the nose or will need lots of time to incorporate this latest sonic experience. (12.8/20)

Um comentário:

  1. Boa cena, banda que decidi explorar há pouco tempo, e que já apresentam uma longa discografia, muito álbum para explorar que requer o seu tempo, pois não têm uma sonoridade típica e de fácil assimilação.

    ResponderExcluir