quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Dopethrone - Dark Foil (2011)

Imaginem o que aconteceria se os Sleep se juntassem a Blaine Cartwright, dos Nashville Pussy, na mesma sala de ensaio, após a elevada ingestão de álcool e outras substâncias: exacto! Possivelmente, estaríamos bem próximos do que podemos ouvir em ‘Dark Foil’, o segundo longa-duração dos canadianos Dopethrone. O trio de Montreal regressa, dois anos após ‘Demonsmoke’, com mais seis descargas de sludge/doom imbuídas de muito podredo e javardice, misturado com alguns samples de filmes de horror, erva e booze a rodos, reforçando uma certa afinidade com o NOLA sound.
Tal como o seu antecessor, ‘Dark Foil’ é lançado em edição de autor, sintoma de uma saudável teimosia e consciência do material que têm entre mãos, conhecedores do seu potencial, sem grandes compromissos ou respostas com ou quem quer que seja.
Riffs lentos e pesadões, com um pouco de groove é o que nos espera, aqui e ali com um ligeiro travo a southern (lá está, afinidades!), sentindo-se que o que aqui vale é a música pela música, quer ela tenha algum rasgo de originalidade ou não. O que importa é curtir os quase 45 minutos de duração deste álbum e, depois, voltar a carregar no play e continuar num lento headbanging, enquanto Vincent Houde nos vai relatando as suas histórias sempre no seu tom bem ríspido e negro.
Ali pelo meio, há a possibilidade de sermos contemplados com um momento de ligeira acalmia, com a cover de ‘Ain´t No Sunshine’, de Bill Withers (quem? – não interessa, mas fica muito bem!). O que importa é chegar ao final e relembrar “I’m not dead!”, no início de ‘Zombi Powder’. (14.5/20)

English:
Imagine what would happen if Sleep join Blaine Cartwright, of Nashville Pussy, in the same rehearsal room, after a high intake of alcohol and other substances: exactly! Possibly, we would be very close to what we can hear in 'Dark Foil', the second record of the Canadians’ Dopethrone. The trio from Montreal returns, two years after 'Demonsmoke', with six discharges of sludge / doom and imbued with very rotteness and squarol, mixed with some samples taken from horror movies, weed and booze to rakes, reinforcing a certain affinity with NOLA sound.
Such as his predecessor, ‘Dark Foil‘ is self-released , an healthy  symptom of stubbornness and conscience of the material that these guys have in hands, experts of his potential, without great promises, no major commitments or answers with anyone.
Slow and heavy riffs, with a little groove is what we can wait, here and there with a light bitterness of southern (there it is, affinities!), feeling that what here is worth is the music for the music, and no matter if it has some tear of originality or not. What matters is to enjoy these almost 45 minutes of duration of this album and, then, to overdo again the play and continue in a slow headbanging, while Vincent Houde is always reporting us his stories in his quite brusque and black tone.
Round about the way, is there the possibility to be contemplated with a moment of light lull, with the cover of ‘Ain't No Sunshine’, of Bill Withers (who? – it doesn’t matter, it sounds very well!).
What matters is to reach the end and to recall “I’m not dead!”, just like in the beginning of 'Zombi Powder'. (14.5/20)

Link: http://www.myspace.com/dopethronemafia

Nenhum comentário:

Postar um comentário