Abigail - The Fear Is What I Fear (EP) (2011)
Com uma história que remonta à década de 80, esta banda romena teve um percurso nada fácil, em que se inclui paragem no labor musical e investidas em sonoridades longe da matriz musical que marcou a sua génese.
Regressados em 2007, com o muito apropriado 'New Dawn' que mostrou a banda de cabeça limpa e puxar para a linha da frente o doom metal dos primeiros lançamentos, forrando-o com uma fina película de gótico, chega a 2011 com mais um EP, um hino aos sons de meados dos anos 90, onde a melancolia e a aspereza do doom/death metal nos remetem para os primeiros trabalhos dos Anathema, Paradise Lost; no entanto, a chama maior parece provir da masterpiece dos Tiamat, 'Wildhoney'.
Em suma, temos quatro temas equilibrados, mais refinados até, mostram este colectivo em boa forma, com melodias fortes, ideias interessantes e dinâmica nas composições. (12.3/20)
English:
With a history that remounts to the decade of 80, this Rumanian band had a not easy existence at all, in which we can include a stopping period and when they were invested in sonorities far from the musical womb that marked the origin of this project.
When they returned in 2007, with the very appropriate 'New Dawn' EP that showed this new lineup with a clean head and pushing to the frontline the doom metal of the first releases, covering it with a fine skin of Gothic, reaching 2011 with one more EP, a hymn to the sounds of mid-90s, where the sadness and the roughness of doom/death metal send us for the first works of Anathema or Paradise Lost; however, it seems that the biggest flame seems to come from the masterpiece of Tiamat, ' Wildhoney '.
In abridgement, we have four balanced songs, more refined even, showing this collective in good shape, with strong melodies, interesting ideas and dynamic in the compositions.
Caricatures - Fire In The Womb (2010)
Cartão de apresentação deste trio oriundo de Bristol, que mistura o sludge áspero e vagaroso que tanto se encontra em voga, nos dias que correm, com o drone que fica sempre bem, desde que aplicado na devida proporção. Este tema, um grande exercício de 30 minutos, apresenta-se-nos bem estruturado e pesado qb, embora evidencie alguma falta de audácia para descolar para voos mais altos; no entanto, esta é uma proposta plenamente válida, com qualidade dentro do segmento em que se insere, onde a coesão é notória nas peças deste puzzle, que vão encaixando bastante bem. Apesar de tudo, 'Fire In The Womb' acaba por ser, o que esperamos, a primeira faísca de algo que pode pegar fogo e alastrar a muito boa gente que tome contacto com este projecto. (12/20)
English:
'Fire In The Womb' is the presentation card for this trio from Bristol, which mixes the rough and slow sludge, so trendy during these days, with drone that is always a good choice, when applied in the proper proportion. This song, a big exercise of 30 minutes, presents us well structured and weighed as hell parts, though it shows some lack of boldness up to unstick for higher flights; however, this is a fully valid proposal, with quality inside the segment in which it is inserted, where the cohesion is well-known in the pieces of this puzzle, which are fitting quite well. Despite everything, 'Fire In The Womb' is, what we hopefully wait, the first spark of something that can set fire and scatter the very good one who takes contact with this project. (12/20)
Morito Ergo Sum - Moonchild (EP) (2011)
Uma curiosa adaptação da célebre frase de René Descartes 'Penso, logo existo!' aqui na versão 'Morro, logo existo' dá nome a este projecto que nos chega da Suécia. Não é nosso propósito estarmos para aqui a verborreiar sobre o porquê ou a pertinência desta designação, porque o que realmente interessa são os quatro temas que compõem este EP. Estamos a falar de doom metal onde a qualidade não pode ser negada, com algo de épico ali pelo meio, onde se vislumbram umas pitadas de gótico, também.
Alicerçados numa secção rítmica poderosa e num trabalho de guitarras bastante sóbrio, somos, no seu cômputo geral com uma boa surpresa que culmina na muito bem sacada cover de 'Moonchild', dos King Crimson. Riffs de qualidade e ganchos nos sítios precisos, tudo isto envolto numa boa produção a cargo de Mike Wead, levando-nos a ficar com a clara sensação que o futuro será risonho para os Morito Ergo Sum (13.4/20)
English:
A curious adaptation of the celebrated sentence of René Descartes 'I think, therefore I am!', here as 'I die, therefore I am', an expression that gives name to this project born in Sweden. It is not our purpose to discuss the relevance of this designation, because what really interests are the four tracks that compose these EP.
A curious adaptation of the celebrated sentence of René Descartes 'I think, therefore I am!', here as 'I die, therefore I am', an expression that gives name to this project born in Sweden. It is not our purpose to discuss the relevance of this designation, because what really interests are the four tracks that compose these EP.
We are speaking of doom metal where the quality cannot be denied, with something of epic sometimes, where a few pinches of gothic, also.
Based in a mighty rhythm section and in a quite sober work of guitars, we are, in general, with a good surprise that culminates in very well worked cover of 'Moonchild', from King Crimson. Riffs of quality and hooks in the right places, completely wrapped in a good production in charge of Mike Wead, taking us keeping the clear sensation that the future will smile to Morito Ergo Sum. (13.4/20)
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