Se a memória não nos atraiçoa, da Bulgária nunca brotou nenhum projecto de nomeada, daqueles que marcam a história do Metal e arrastam milhares de fiéis, apesar de estar a meio caminho entre a Alemanha e a Grécia, dois países com fortes raízes e bandas neste panorama.
De facto, ao longo desta última década, com toda a crescente quantidade, visibilidade e actividade que a cena do leste europeu proporcionou - e continua a jorrar como uma infindável torrente de lava -, ainda era possível notar a existência de algumas lacunas, alguns países que não estavam a acompanhar este boom, chamemos-lhe assim.
Não sabemos se estes Obsidian Sea almejam algo do género, ou se buscam feitos mais modestos, mas o facto de terem o seu primeiro longa-duração com o selo e distribuição da Solitude Productions certamente ajudará a que a sua música chegue a um mais alargado leque de ouvintes.
E o que nos traz este duo de Sofia? Pois bem, um conjunto de nove temas de doom na sua linha mais tradicional, com uns toques de epic (já estão a ver: Candlemass, Reverend Bizarre, Saint Vitus ou Solitude Aeturnus, por exemplo) que, apesar de não serem arrebatadores ou conseguirem ombrear com outros lançamentos do género, mostram um conjunto de ideias bem definidas aplicadas a composições coesas, sóbrias e estruturadas, ficando somente um pequeno travo a amargo pelo facto de não terem arriscado um pouco mais, dado mais algum dinamismo a alguns temas, acabando o todo por se tornar um tanto ou quanto previsível e a roçar o monótono; as excepções vão mesmo para 'Impure Days', onde foi «colado» um andamento mais rápido que até parece ligeiramente desajustado, por incrível que pareça relativamente ao que referimos acima, e o final de 'Beneath' num quasi mid-tempo. Por sua vez, é em 'The Seraph' e 'Curse of the Watcher' que podemos encontrar os riffs mais conseguidos destes 55 minutos.
Um dos pontos que também não ajuda este registo é a produção, um tanto ou quanto limitada, não deixando os temas respirarem e terem uma outra dimensão, que lhes poderia granjear mais alguns louros.
No entanto, a ideia a reter é a que estamos perante boas ideias e potencial sonoro. Basta que haja alguma maturação e "aquele" toque de inspiração que faça os Obsidian Sea erguerem-se a um patamar mais elevado. (12/20)
Um dos pontos que também não ajuda este registo é a produção, um tanto ou quanto limitada, não deixando os temas respirarem e terem uma outra dimensão, que lhes poderia granjear mais alguns louros.
No entanto, a ideia a reter é a que estamos perante boas ideias e potencial sonoro. Basta que haja alguma maturação e "aquele" toque de inspiração que faça os Obsidian Sea erguerem-se a um patamar mais elevado. (12/20)
Tracklist:
01. At The Temple Doors
02. Mountain Womb
03. The Seraph
04. Impure Days
05. Curse Of The Watcher
06. Absence Of Faith
07. Second Birth
08. Beneath
09. Flaming Sword
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