terça-feira, 29 de novembro de 2011

Parceria Temple Of Doom Metal / Nemesis Radio - Divulgação do programa 'Acheron' (Doom Metal)

No seguimento da parceria estabelecida com a Nemesis Radio, iniciamos a divulgação de um dos programas que consta da sua grelha de programação. Trata-se de 'Acheron', que vai para o ar todas as quartas-feiras, entre as 22 e as 24 horas, onde ao longo de duas horas é dada voz aos sons do Doom Metal e sub-géneros relacionados.

Fica aqui a playlist para o próximo programa:



Ataraxie - From Agony To Eternity
Cathedral - Ebony Tears
Cathedral - Sabbadaius Sabbatum
Dead Existence - Down The Crooked Path
Demonic Death Judge - Churchburner
Krux - The Hades Assembly
Lord Vicar - Child Witness
Mythological Cold Towers - The Shrines Of Ibez
Of Spire & Throne - Loss Ritual
Paradise Lost - Forever Failure
The Drowning - Beneath A Crown So Weary

Quarta-feira, entre as 22 e as 24 horas, em www.nemesistv.com

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Dopethrone - Dark Foil (2011)

Imaginem o que aconteceria se os Sleep se juntassem a Blaine Cartwright, dos Nashville Pussy, na mesma sala de ensaio, após a elevada ingestão de álcool e outras substâncias: exacto! Possivelmente, estaríamos bem próximos do que podemos ouvir em ‘Dark Foil’, o segundo longa-duração dos canadianos Dopethrone. O trio de Montreal regressa, dois anos após ‘Demonsmoke’, com mais seis descargas de sludge/doom imbuídas de muito podredo e javardice, misturado com alguns samples de filmes de horror, erva e booze a rodos, reforçando uma certa afinidade com o NOLA sound.
Tal como o seu antecessor, ‘Dark Foil’ é lançado em edição de autor, sintoma de uma saudável teimosia e consciência do material que têm entre mãos, conhecedores do seu potencial, sem grandes compromissos ou respostas com ou quem quer que seja.
Riffs lentos e pesadões, com um pouco de groove é o que nos espera, aqui e ali com um ligeiro travo a southern (lá está, afinidades!), sentindo-se que o que aqui vale é a música pela música, quer ela tenha algum rasgo de originalidade ou não. O que importa é curtir os quase 45 minutos de duração deste álbum e, depois, voltar a carregar no play e continuar num lento headbanging, enquanto Vincent Houde nos vai relatando as suas histórias sempre no seu tom bem ríspido e negro.
Ali pelo meio, há a possibilidade de sermos contemplados com um momento de ligeira acalmia, com a cover de ‘Ain´t No Sunshine’, de Bill Withers (quem? – não interessa, mas fica muito bem!). O que importa é chegar ao final e relembrar “I’m not dead!”, no início de ‘Zombi Powder’. (14.5/20)

English:
Imagine what would happen if Sleep join Blaine Cartwright, of Nashville Pussy, in the same rehearsal room, after a high intake of alcohol and other substances: exactly! Possibly, we would be very close to what we can hear in 'Dark Foil', the second record of the Canadians’ Dopethrone. The trio from Montreal returns, two years after 'Demonsmoke', with six discharges of sludge / doom and imbued with very rotteness and squarol, mixed with some samples taken from horror movies, weed and booze to rakes, reinforcing a certain affinity with NOLA sound.
Such as his predecessor, ‘Dark Foil‘ is self-released , an healthy  symptom of stubbornness and conscience of the material that these guys have in hands, experts of his potential, without great promises, no major commitments or answers with anyone.
Slow and heavy riffs, with a little groove is what we can wait, here and there with a light bitterness of southern (there it is, affinities!), feeling that what here is worth is the music for the music, and no matter if it has some tear of originality or not. What matters is to enjoy these almost 45 minutes of duration of this album and, then, to overdo again the play and continue in a slow headbanging, while Vincent Houde is always reporting us his stories in his quite brusque and black tone.
Round about the way, is there the possibility to be contemplated with a moment of light lull, with the cover of ‘Ain't No Sunshine’, of Bill Withers (who? – it doesn’t matter, it sounds very well!).
What matters is to reach the end and to recall “I’m not dead!”, just like in the beginning of 'Zombi Powder'. (14.5/20)

Link: http://www.myspace.com/dopethronemafia

domingo, 20 de novembro de 2011

An Evening [Before The Rain] + Corpus Christii (Apresentação de 'Frail')

Quem teve a oportunidade de se deslocar à República da Música, em Lisboa, no passado dia 10 de Novembro, certamente que não terá dado o seu tempo por mal empregue. O facto de se tratar de uma quinta-feira, não terá pesado em demasia na turba que se deslocou a este espaço, em Alvalade. Afinal, tratava-se da apresentação do álbum de uma das melhores propostas nacionais ao nível do Metal, ‘Frail’ o segundo longa-duração dos [Before The Rain].
Perante uma boa moldura humana, a banda arregaçou as mangas logo desde o início, no intuito de demonstrar e explanar o poder e a qualidade das propostas que, actualmente, tem entre mãos. Arrancando com ‘Somewhere Not There’, faixa presente no split com os finlandeses Shape Of Despair, o quarteto mostrou claramente ao que vinha, suportado por um som equilibrado e coeso de entre o qual sobressaíram os solos de Valter Cunha e a voz de Gary Griffith.
Dado o mote para uma actuação que primou pela segurança, ‘Frail’ começou a ser debitado, do qual se destacam as prestações para ‘Shards’, ‘A Glimpse Towards The Sun’ ou a belíssima ‘Breaking The Waves’, temas que foram sendo “atirados” ao público com uma nua e crua subtileza, desarmante para quem tem vindo a conviver com estes temas da há algum tempo a esta parte. Canções maduras, distantes de ‘One Day Less…’, aqui unicamente representado por ‘Wounds Of Rejection’, canções que buscam outras e novas paragens, tanto a nível musical como ao nível dos temas explorados nas letras.

       
         
A coroar uma exibição muito bem conseguida, ‘And The World Ends There’, antecipada por um “we’re gonna play it long and we’re gonna play it slow”, pela voz de Gary Griffith, que ao longo dos quase 80 minutos de concerto encarnou na perfeição estes temas, dando-lhes uma vívida carga expressiva, tornando-se em mais um ponto favorável para a banda.


Agora com três guitarras, pontificadas pelo trabalho, ora em tons de uma limpidez quase dolente ora explodindo em riffs fortíssimos, de Valter Cunha, dono de alguns dos melhores feedbacks ouvidos durante muito tempo, Carlos Monteiro e Gary Griffith; toda esta estrutura musical encontra-se suportada por uma secção rítmica que se apresentou segura e oleada, aguentando firmemente nas cordas do pulsante baixo de Pedro Daniel e nos ritmos cadenciados e marcantes de Joaquim Aires, contribuindo para o resultado final bastante positivo e deixando um excelente prenúncio para as seguintes datas que se avizinhavam.

             

Na primeira parte desta apresentação, estiveram os Corpus Christii, que aproveitaram para apresentarem, por paragens lisboetas uma vez mais e após a digressão europeia realizada com os Inquisition, Revenge e The Stone, o seu mais recente registo, ‘Luciferian Frequencies’, novo marco de qualidade e perseverança de uma das certezas do black metal nacional, que é a banda de Nocturnus Horrendus.
Com enfoque nos dois últimos trabalhos de estúdio, foram destilados, com a acutilância que se lhes reconhece, temas como ‘Crystal Glaze Foundation’, ‘Deliverer Of Light ou ‘The Wanderer’, sem esquecer passagens por momentos mais antigos como ‘The Fire God’ ou ‘Constant Suffering’, marcando um agradável início de noite que se queria de emoções fortes.

Temple Of Doom Metal

Fotos: Temple Of Doom Metal