sexta-feira, 11 de março de 2011

Spiritus Mortis - Spiritus Mortis (reed. 2010)

A par do fenómeno das "reuniões" de bandas, um outro parece estar em crescendo e que é o das reedições, do qual os Neurosis serão a sua face mais visível neste último par de anos.
Não querendo esmiuçar os possíveis motivos que levam bandas e editoras a enveredarem por este caminho, o facto é que quem pode beneficiar com todo este processo é o público (por um lado, para conhecerem estes projectos/álbuns, por outro, para os fãs/coleccionistas completarem a sua discografia com alguns bónus, mais ou menos pertinentes).
Adiante. Os finlandeses Spiritus Mortis vêem o seu primeiro longa-duração reeditado, através da Firebox Records, trazendo um novo artwork, remasterização dos temas originais aos quais foram adicionados quatro temas inéditos. Filiados na linha do doom metal de linhas mais tradicionais, lançaram este seu trabalho homónimo em 2004, dezassete anos - dezassete!-, após a sua formação e quase uma dezena de demos, o que demonstra uma clara perseverança da banda de Alavus e crer no seu som e temas; sim, porque ao longo dos, então, catorze temas podíamos ouvir uma mão cheia de boas malhas, com eventuais aproximações ao hard rock e alguns apontamentos mais bluesy, conferindo-lhe frescura e dinâmica, num género onde as inovações não são o pão nosso de cada dia. Toda esta mescla trouxe mais-valia a este trabalho. "Rise From Hell", "Vow To The Sun" ou "Forever", são alguns dos temas que marcam a sonoridade da banda e demonstram a qualidade que ela tem e apresenta (13.5/20).
Quanto às novidades: foram adicionados quatro temas inéditos, que totalizam cerca de uma vintena de minutos, que em pouco ou nada diferem do alinhamento original. Poderíamos pensar em outtakes, temas descartados pela fraca qualidade, mas não, a fasquia mantém-se inalterada, sem surgir aquele sentimento de estarmos perante uma série de fillers e que, certamente, agradarão aos apreciadores do género. Para os outros, são vinte minutos de bom doom metal que lhes poderá passar ao lado. (14/20)

English:

Alongside the phenomenon of "meetings" of bands, another seems to be growing and that is the reissues, which will Neurosis its most visible face in the last couple of years.
Not wanting to go into the possible reasons that bands and labels to take this path, the fact is that anyone who can benefit from this process is the public (on the one hand, to discover these projects/albums, second, for the fans/collectors complete their discography with some bonus, more or less relevant).
Ahead. The Finns Spiritus Mortis see their first long full length reissued by Firebox Records, bringing a new artwork, remastered from original songs to which were added four unreleased songs. Affiliated to the line of doom metal in more traditional lines, launched this work in 2004 titled, seventeen years - seventeen! - after their formation and almost a dozen demos, which shows a clear band's perseverance Alavus and believe in its sound and themes, yes, because over then fourteen subjects we could hear a handful of good songs with possible approaches to hard rock and some more bluesy notes, giving it fresh and dynamic, in a genre where the innovations do not are our “bread each day”.
The whole mix has added value to this work. "Rise From Hell," "Vow To The Sun" or "Forever", are some of the themes that mark the band's sound and demonstrate the quality and features it has (13.5/20).
Regarding news: we added four unreleased songs, totaling about a twenty minutes, nothing different from the original alignment. We could think of outtakes, discarded by the poor quality issues, but no, the slab remains unchanged, that arise without feeling that we are facing a series of fillers and that certainly will appeal to fans of the genre. For others, are good twenty minutes of doom metal that can pass them along. (14/20)

sexta-feira, 4 de março de 2011

Koloss - End Of The Chayot (2011)

Em sentido desde o primeiro segundo! É assim que começa este trabalho dos suecos Koloss; uma explosão sonora maciça que nos coloca logo no meio do cenário que nos acompanhará durante os 39 minutos seguintes: uma boa dose de sludge/doom metal, com ocasionais piscadelas de olho ao post-metal.
Pois é assim "The End Of The Chayot", um trabalho sem grandes rodeios, composto por uma mão cheia de temas coesos, sólidos, bem trabalhados, com uma parte instrumental agradável - apesar de inócua no que diz respeito a novidades - e linhas vocais fortes, bem ao jeito do que se espera num trabalho neste quadrante musical. No entanto, ao longo das sucessivas audições existe sempre um certo desconforto que nos invade; parece que já ouvimos algo parecido algures... tanto nos momentos mais atrozes como nas passagens mais contemplativas ou atmosféricas.
Parece-nos certo que ainda não se verificou uma descolagem relativamente às suas influências que abarcam momentos que giram em torno das toadas do post-hardcore, post-metal (o duo Neurisis a fazer mais quatro vítimas) e lampejos progressivos. Apesar disso, estamos perante um trabalho meritório, mas para uma próxima edição, terão de colocar a fasquia bem mais alta para que consigam fugir ao rótulo de meras cópias de uma onda que transborda de projectos dentro do género.
Para ouvir, apreciar e em visita ao sítio da banda na grande rede o download deste trabalho é permitido.
Colosso, mas com cuidado. (13/20)

English:
In effect from the first second! Thus begins this work of Swedes Koloss; a massive sonic boom that puts us right in the middle of the picture that will go along with us during the following 39 minutes: a healthy dose of sludge/doom metal with occasional winks an eye to post-metal.
For that is how "End Of The Chayot," a bluntly work, composed of a handful of themes cohesive, solid, well crafted, with a nice instrumental part - though harmless in respect of the news - and vocal lines strong, well the way of what is expected in a musical work in this quadrant. However, during the successive hearings there is always a certain unease that pervades us, it seems we've heard something somewhere ... both in the most atrocious as the more contemplative or atmospherics passages.
It seems to us certain that there was still a take-off in relation to their influences that embrace the moments that revolve around the tunes from the post-hardcore, post-metal (the Neurisis duo doing four more victims) and progressive flashes. However, this is a meritorious work, but for an upcoming edition, they will have to set the slab much higher so they can escape the label of mere copies of a wave that is overflowing with projects within the same genre.
To listen, and enjoy visiting the website of the band, in the vast network download this work is allowed.
Colossus, but with caution. (13/20)