sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Necromimesis - Ashk (2009)


"The metal scene in Iran is very poor due to the strong Islamic atmosphere, illegality of playing this kind of music and the bad thoughts about this kind of music by our government. However there a few active metal bands in Iran who work underground, but they can't present their records, CDs and DVDs officially." Estas são algumas das palavras proferidas por Hamed Azizi numa entrevista presente no último número da Terrorizer (# 189, p. 8) e que demonstram bem o estrangulamento que este tipo de sonoridades sofre no Irão e, bem possivelmente, em outros países.
O caso dos Necromimesis, provenientes do mesmo país, não deverá ser nenhuma excepção, apesar deste ser já o segundo lançamento que efectua - a estreia foi com a demo "Trance, or Decease", de Maio. Projecto de uma só pessoa,que também tem entre mãos o projecto Misty Forest, sem qualquer contrato assinado, numa experiência muito DIY que marcou grande parte das edições desta década, que através da internet tenta fazer chegar os seus sons à maior quantidade de público possível. Aqui, temos 5 temas de funeral doom que, apesar de algum primitivismo - principalmente ao nível da produção - mostra algumas ideias interessantes, embora haja sempre alguma dificuldade em inovar em géneros tão "fechados", chamemos-lhes assim. As linhas mestras que orientam o funeral doom estão ali todas e encontram-se aplicadas de modo a não defraudar os fâs do género.
A ouvir, sem rodeios e sem receios. (13/20)

Site: http://www.necromimesis.com/ 

Myspace: http://www.myspace.com/necromimesisband 

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Jesu - Opiate Sun (2009)

Pouco mais de dois meses o lançamento de "Infinity", o terceiro álbum de originais - apesar de conter somente um tema, homónimo, com a duração de quase 50 minutos -, Justin Broadrick e Co. não estão com meias medidas e publicam este EP composto por quatro temas que, num formato que poderia dizer mais consentâneo e standard do formato canção, recupera a força das guitarras e torna-se mais orgânico (na senda de "Conqueror"), deixando de lado a maquinaria presente em "Why Are We Not Perfect"; mas os Jesu são isto mesmo, uma entidade capaz de se transfigurar de trabalho para trabalho, multifacetada e capaz de assegurar os riscos dessas mutações.
Ao longo deste EP, reina a melancolia, como sempre, os ritmos lentos e a voz de Justin sempre naquele tom monocórdico, em jeito de quem está a contar uma história para adormecer. E é isso que acontece um pouco neste caso, ou seja, ao longo dos 25 minutos parece que se está sempre a ouvir o mesmo tema, não havendo grandes variações rítmicas e vocais, com uma constante presença da massa de guitarras que não trazem nada de novo ao som do projecto.
Apesar de bastante prolíficos na base das suas edições, com um álbum ainda fresco entre mãos, penso que estes temas ganhariam se lançados a uma maior distância de "Infinity", o que poderia fazer com que fossem um pouco mais trabalhados e ganhassem outra força. Assim, vai custar mais a passar. (12/20)

Myspace: http://www.myspace.com/officialjesu 

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Griftegard - Solemn, Sacred, Severe (2009)



Eis que mais uma vez uma banda sueca marca presença neste espaço. Desta feita, são os Griftegard, saídos das cinzas dos The Doomsday Cult e com elementos dos Wolverine, também. 
Antes deste primeiro álbum, em 2007, foi lançado o EP Psalm Bok, onde nos dois temas aí incluídos se encontravam delineadas as linhas mestras para este projecto: traditional doom metal com uma acentuada componente negativista nas temáticas abordadas. Agora, volvidos dois anos, mostram-nos uma banda mais madura, coesa, bem patente ao longo dos seis temas que num tom bem lento, por vezes quase funéreo, bem pesado e com uma voz melódica mas poderosa, capaz de ombrear com bandas como os Memory Garden, por exemplo.
Desde o tema de abertura, "Charles Taze Russell", passando pelo mais dissonante "Noah's Hands" até finalizar com "Drunk With Woormwood", os níveis de qualidade encontram-se sempre num patamar de boa qualidade, não havendo muitos momentos aborrecidos nestes 45 minutos de duração do álbum, com ambientes soturnos bem conseguidos tanto com os instrumentos costumeiros ou com o piano aliado à voz de Thomas Eriksson, no início do tema final.
Por último, destaque-se o trabalho de bateria, simples mas muito homogéneo, com uma enorme capacidade de encaixe de todo o som da banda sob a sua toada lenta e vigorosa.
Sem grandes novidades, bebendo da cartilha de grupos como Candlemass ou The Gates Of Slumber, estes Griftegard acabam por ser interessantes, mas espera-se por algo que tenha aquela centelha que os possa catapultar para outro nível. (14/20)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Bloody Panda - Summon (2009)


Aviso: os Bloody Panda tocam sludge/drone/doom e este álbum começou a dar-me cabo dos nervos. Foi preciso ouvi-lo, pelos menos, uma boa meia dúzia de vezes para que algo começasse a ser interiorizado.
Tal como em "Pheromone", a base musical é, no mínimo, desconcertante; a ausência de melodias ou a presença de quase-melodias, misturadas com uma voz que tanto entoa qualquer coisa em tom suave como de seguida explode em gritos animalescos, tal como se lhe arrancassem a frio alguma parte do corpo, a par de uma total inexistência de estrutura de canção, faz  com que este tenha sido, para mim, um dos trabalhos mais difíceis de ouvir e perceber nos últimos anos. E o exemplo perfeito disso é o longo tema de 21 minutos, "Miserere", em que estas vertentes se encontram explanadas até à exaustão a que acresce uns blasts que desembocam no mais profundo doom/drone onde a voz de Yoshiko Ohara deambula, preparando-se para nos atingir com mais um rol de  urros (que podem bem fazer corar alguns vocalistas de death e black metal) na parte final do tema.
Aviso: os Bloody Panda podem causar danos irreversíveis. Ouvir com moderação. (10/20)

Site: http://www.bloodypanda.com/

Myspace: http://www.myspace.com/bpanda

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Black Cobra - Chronomega (2009)


Dois anos após o lançamento de "Feather And Stone", o duo de S. Francisco composto por Jason Landrian (voz e guitarra) e Rafael Martinez (bateria) regressa aos discos com este "Chronomega", o primeiro para a Southern Lord.
Quem já estabeleceu contacto com este projecto, saberá que os 9 temas que compõem este trabalho, estão carregados de sludge, com um pouco de doom e muita energia punk à mistura, onde cada segundo é efervescente, carregado de imediatismo, como se a raiva expelida contribuisse para o apocalipse. Portanto, não estaremos perante grandes surpresas neste campo. Elas surgem, principalmente, na parte da composição e execução dos temas, onde os Black Cobra se mostram mais maduros e ecléticos, como será o caso de "Catalyst", onde se condensa a fórmula usada por estes senhores mas de uma forma mais refinada, embora cada riff nos seja atirado como se não houvesse amanhã.
Apesar de não ser tão imediato como "Bestial", os Black Cobra encontram-se em muito boa forma e recomendam-se. Veja-se pela lista de concertos agendados até ao final do ano. (15/20)

Site: http://blackcobra.net/

Myspace: http://www.myspace.com/blackcobra

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Lord Azmo - Cracked Scenes Of Reality (2009)


Jordânia. Após o término do projecto Lost Lust, mais vocacionado para o black metal, o seu mentor Ammar Jaber, encarna o alter-ego Lord Azmo e envereda pelo Melodic Doom Metal, resultando neste "Cracked Scenes Of Reality".
Fazendo jus ao termo doom, durante os 9 temas reina a melancolia, o desepero, a auto-comiseração em andamentos, geralmente, lentos, onde se mistura o eléctrico e o acústico a par da voz abafada e atormentada de Ammar.
Em alguns momentos, são explanadas boas ideias, mas a produção sofrível faz com que as músicas, talvez, não consigam atingir a sua plenitude e nos façam torcer um pouco o nariz a meio do alinhamento, arrastando-se até ao final.
Espera-se, portanto, algo mais, apesar de ser meritório todo o trabalho levado a cabo e este ser um trabalho em edição de autor. (12/20)

Site: http://lordazmo.jimdo.com/

Myspace: http://www.myspace.com/lordazmo

OM - God Is Good (2009)


A história dos Om estará, indelevelmente, associada aos Sleep. E quando Al Cisneros e Chris Hakius surgiram em 2003 com este projecto, não negaram o seu passado, continuando a carregar na música que faziam todo o legado que já vinha da década passada.
No entanto, no início de 2008, Hakius deixou a banda e muito boa gente vaticinou o final; mas, para o seu lugar, entrou Emil Amos, dos Grails, e eis que surge o primeiro rebento desta colaboração, "God Is Good".
Grande parte deste trabalho centra-se em torno do tema de abertura, "Thebes", um longo opus de 19 minutos que, logo nos primeiros segundos nos quer mostrar sinais de mudança: a exploração mais afincada da vertente experimental através da inclusão de uma tambura, instrumento de cordas indiano, que depois se imiscui com o baixo e voz de Cisneros já característicos e com uma percussão mais dinâmica de Amos. 
O segundo tema, "Meditation Is The Practice Of Death", resulta num exercício mais na linha de uns Om mais "old shool" (se é que é possível utilizar aqui este termo), mas que encerra com um inesperado "solo" de flauta, demonstrando que as surpresas podem acontecer a qualquer momento até ao final do álbum. E, estas, realmente prolongam-se pelos dois últimos temas, "Cremation Ghat I" e "Cremation Ghat II", instrumentais que, no fundo, se fundem num só. Aqui, Amos dá mais azo à sua plural forma de abordar a percussão e reaparece a tambura nos minutos finais em jeito de fecho de ciclo.
Este quarto álbum dos Om poderá reflectir uma inversão no trajecto trilhado até aqui, com a inclusão de novos elementos e abordagens musicais. De facto, apesar de incialmente serem um pouco estranhas, após algumas audições revelam-se uma superior mais-valia para o projecto.
E diga-se, em abono da verdade: gravar sempre o "Conference Of Birds" seria porreiro, mas acabaria por enjoar. (15/20)

Site: http://www.omvibratory.com/ 

Myspace: http://www.myspace.com/variationsontheme 

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Wretched - Dark Ambience EP (2009)

Os Wretched já não existem como banda. A sua dissolução ocorreu após o falecimento do vocalista Jon Blank, vítima de overdose, em Maio último. Assim, este "Dark Ambience" é uma obra póstuma que testemunha as últimas gravações de Blank, após a reunião da banda em 2003.

Nos 3 temas aqui presentes, continuamos a ter um heavy/doom metal, onde se notam bem as influências de St. Vitus, Obssessed e Trouble, por exemplo.
Antes da primeira separação, em 1996, lançaram 3 álbuns através da Hellhound Records e, já aí, o seu som assemelhava-se ao que nos apresentam hoje.
Para quem já conhecia este quarteto, não haverá grandes novidades; para quem estabelecer o seu primeiro contacto, até poderá ter uma agradável surpresa. (13/20)

English:
The Wretched no longer exist as a band. Its dissolution came after the death of lead singer Jon Blank, victim of a drug overdose last May. Thus, this "Dark Ambience" is a posthumous work that testifies to the latest recordings Blank, after meeting the band in 2003.
In these three songs included in this EP, we still have a heavy/doom metal band, in good form, and note where the influences of St. Vitus, Trouble and The Obssessed, for example, are very present.
Before the first separation in 1996, they released three albums by Hellhound Records and since then, their sound akin to what we have today.
For those who already knew this quartet, there will be big news, for those who establish their first contact until you have a pleasant surprise. (13/20)

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

S:t Erik - From Under The Tarn (2009)

Ao fim dos primeiros segundos de "Goddess", pensei que estava perante uma cópia dos High On Fire, mas com a passagem dos minutos o cenário mudou. Não é que a base sludge/doom tenha mudado, não é nada disso; a boa surpresa é a inclusão de sintetizadores que emanam sons muito à la space rock, conferindo a estes 5 temas alguma frescura no meio de tanta aridez.
Com o início de "The Search", parece que estamos a ouvir outra banda tal o contraste, durante os primeiros 4 minutos, com a faixa referida no início do texto. Aliás, este segundo tema e o que encerra o álbum, "Swan Song", são os que resultam melhor, não por serem os mais longos, mas porque fundem todos os elementos que fizeram parte deste debut em doses equilibradas, não havendo atropelos estilísticos nem a necessidade de mostrar essas fusões a todo o momento. Estas quase jams, relaxadas, fluentes, permitem verificar que os horizontes destes suecos (é verdade, já é o terceiro caso este mês!) estão bem abertos. Basta olhar para a capa. (15/20)

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Nox Aurea - Via Gnosis (2009)

Quem olhar para esta capa e nome de banda poderá, à partida, fazer uma ideia do som que ouvirá caso decida carregar no play. Se souber que são originários da Suécia, a probabilidade de estar perante um bom projecto aumentará consideravelmente.
E este "Via Gnosis" arrebata logo à primeira audição; doom/death/gothic de muito boa qualidade, em doses equilibradas, resultando num trabalho bem melancólico, com ambiências bem soturnas e negras, que para os dias de invernia que se avizinham são bem capazes de nos fazer sentir um pouco mais miseráveis.
Vozes limpas (masculinas e femininas) bem decadentes, guturais desesperantes, as teclas pairantes como nuvens negras que carregam tempestade e guitarras lancinantes, perfazem um conjunto de temas bem lúgubre, mas épico ao mesmo tempo.
Este trabalho de estreia dos Nox Aurea, vale essencialmente pelo seu todo, não fazendo sentido destacar este ou aquele tema, porque parece que encaixam todos entre si, tal como as peças de um puzzle. A todo este processo não estará alheio o trabalho de produção de Andy LaRocque, guitarrista de King Diamond.
Num ano que se encontra bem recheado de grandes álbuns nesta vertente, existe a necessidade de ressaltar um facto: este "Via Gnosis" arrisca-se, perigosamente, a ocupar um dos lugares de topo para álbum do ano. (17/20)


domingo, 4 de outubro de 2009

Passatempo Count Raven ("Mammons War")

Com o intuito de  divulgação do doom metal pela comunidade e tornar o blog mais dinâmico o Temple Of Doom Metal encontra-se a levar a cabo este passatempo. Trata-se de uma iniciativa muito simples, com um conjunto de regras básicas.

Segue o regulamento:
1 - O passatempo Count Raven/"Mammons War" pretende atribuir um exemplar, em cd, do último álbum "Mammons War", dos suecos Count Raven.
2 - Para participar, é obrigatório votar numa das 5 opções colocadas ao dispôr na barra do blog.
3 - Só será possível votar uma e única vez.
4 - A votação terminará no dia 15 de Novembro do corrente ano, às 23:59 horas.
5 - O participante, após votar, deverá enviar para templeofdoometal@gmail.com uma mensagem com o seu nome/nick, a sua escolha e e-mail para posterior contacto (para mero controle da relação votação/participantes e aviso do resultado do passatempo). O participante receberá um número de acordo com a ordem de entrada na caixa de correio mencionada.
6 - Após o final do período de votação, no dia seguinte, será publicada a lista de participantes no blog Temple Of Doom Metal.
7 - O número premiado corresponderá à terminação do número do sorteio da lotaria popular da semana 47/2009, de 19 de Novembro de 2009. (A terminação será referente ao último número para número inferior a 10 participantes, penúltimo para número inferior a 100 participantes, antepenúltimo para número inferior a 1000 participantes e por aí fora :) ).
8 - O resultado do passatempo será divulgado no blog Temple Of Doom Metal, no dia seguinte ao do sorteio.
9 - O vencedor será contactado por e-mail, para envio do prémio o mais rapidamente possível.
10 - Este passatempo, cinge-se unicamente ao território português.

Temple Of Doom Metal

sábado, 3 de outubro de 2009

Count Raven - Mammons War (2009)


Eis um dos regressos mais aguardados de 2009. Já lá vão 13 anos desde que estes senhores lançaram o seu último registo, "Messiah Of Confusion"; após a separação em 1998, a reunião efectua-se 5 anos depois, mas só agora é que nos chega a novidade "Mammons War".
Se alguém ainda poderia esperar alguma alteração ao nível do registo sonoro desengane-se; o que aqui temos é mais um momento de glorificação/continuação (riscar o que não interessar) do legado Black Sabbath, em que a voz de Dan Fondellus não se desvia um milímetro da do timbre de Ozzy, a sua guitarra continua a desfilar uma série de riffs monolíticos e cativantes e a dupla baixo/bateria confere uma base sólida para uma toada própria do traditional doom.
Como já referi, não existem grandes alterações no espectro musical destes suecos, mas destaco aqui 3 temas: "The Poltergeist", logo a abrir, mostra-nos uns Count Raven cheios de energia, um pouco mais rápidos e com uma malha que nos fica imediatamente na cabeça; no entanto, foi impossível não lembrar-me de "Death Magic Doom" dos Candlemass, que também começa da mesma forma e, depois, regressa a terrenos mais familiares. "Scream", continua a cativar com mais uns bons riffs e com um refrão simples mas orelhudo, em que os sinos incorporados dão um toque decisivo para o resultado final do mesmo. Tem cheiro de single! Por último, "Mammons War", o tema-título, onde estamos somente perante Fondellus e as teclas, num tema épico e agradável, permitindo tomar balanço para o longo "A Lifetime". Uma nota final para os interessantes arranjos acústicos que, por vezes, aparecem e criam uma paleta de cores uma pouco mais alargada do que os tons negros e cinzentos que pairam de sobremaneira neste álbum.
13 anos depois, valeu bem a espera e os Count Raven demonstraram, com este trabalho, que são um dos expoentes do doom europeu. Agora, resta sonhar que haja uma data marcada para estas bandas. (15/20)

English:
Here is one of the most anticipated returns of 2009. There have been 13 years since these guys released their last record, "Messiah Of Confusion", after their split in 1998, their reunion takes place five years later, but the new "Mammons War" is only now reaching us.
If someone could still expect some changes at the sound level think again, what we have here is another moment of glorification of Black Sabbath's legacy in the voice of Dan Fondellus which does not deviate a millimeter from Ozzy’s timbre, his guitar continues to parade a series of monolithic, catchy riffs and the double bass / drums give a solid basis for one's own tune of Traditional Doom.
As mentioned, there are no major changes in the musical spectrum of Swedes, but three themes stand out here: "The Poltergeist", in the beginning, show us some energetic and a little faster Count Raven with a song that we immediately save in our heads; however, it was impossible not to remember "Death Magic Doom", from Candlemass, which begins the same way and then returns to a more familiar terrain. "Scream" continues to captivate with a few more good riffs and a chorus with a simple but catchy, in which the incorporated bells give a decisive touch to its final result. It smells like single! Finally, "Mammons War," the title theme, only whit Fondellus and keys, is an epic and enjoyable theme, gaining momentum for the long "A Lifetime".
A final note for the interesting acoustic arrangements that sometimes appear and create a colored palette which is a little wider than the black and gray tones that hover greatly on this album.
13 years later, it was well worth the wait and the Count Raven demonstrated, with this work, that they are one of the exponents of European Doom Metal. Now, it remains the dream that a concert date will be set for these bands. (15/20)

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Shrinebuilder - Shrinebuilder (2009)

Se juntarmos na mesma sala de ensaios Scott Kelly (Neurosis), Scott Weinrich (St. Vitus), Al Cisneros (Sleep/Om) e Dale Crover (Melvins), o resultado é o que se apresenta: um verdadeiro super-projecto, completamente descomprometido, que nos mostra umas malhas carregadinhas de stoner/sludge, a que se acrescenta uma boa dose de psicadélia. Portanto, não será nada de inovador, mas o que se pode ouvir nestes 4 temas (a versão final terá mais um, "Science Of Anger") é feito com mestria, garantindo-nos a possibilidade de passar um bom tempo com este registo. Nesta meia-hora de som, destaque para "Blind For All To See", um tema que arranca um certo protagonismo exactamente por escapar um pouco à bitola que rege os restantes temas; ou seja, ao longo destes 7 minutos reina a calmaria, assente numa linha de baixo proeminente e envolvente e num ritmo de bateria simples, quase indie. Essa calmaria transporta um bom período de experimentalismo/psicadélia, substituindo a voz de Kelly que, nas curtas incursões que efectua, apresenta um tom bem melódico, como que a planar sobre a estrutura musical.
Estes Shrinebuilder, possivelmente, não estarão no topo da lista de prioridades dos seus membros, dada a relevância e quantidade de projectos que abraçam, mas esta amostra permitirá sonhar com mais alguma coisa. Assim penso eu... (15/20)