Lá diz o adágio popular: "Até ao lavar dos cestos é vindima.", e aplica-se a este caso como uma luva. Esta boa surpresa chega-nos da Austrália e, para realçar ainda mais a situação, é o trabalho de estreia desta banda de Sydney.
O que temos aqui é Traditional Doom e todo o seu conteúdo encontra-se bem espelhado nas palavras de Michael Ballue, na sua review no site Hellridemusic.com: "The slow, mournful and altogether metallic riffing of the guitar, the restrained punctuation of the percussion, the rhythmic/riff bridge of the bass and over it all the emotive yet restrained vocals of Sabine Hamad bring the doom in a very purified form. All elements slot in perfectly with each other and as is often the case with quality this release is well served by what is not there as well as by what is."
Todo o conjunto apresenta uma sobriedade quase palpável, uma coesão extrema e uma simplicidade desarmante, a que se junta uma voz feminina que se enquadra na perfeição. Sim, a voz é de Sabine Hamad, que conta no seu curriculum a participação com os Kimaera e o seu projecto de Doom Metal Lycanthia. O seu timbre, bem seguro, adequa-se às malhas e ritmos, funcionando como mais um instrumento, dando mais força aos temas.
Os 5 temas que compõem "Hour Of Judgement" apresentam uma grande homogeneidade, em tons bem lentos, pesados q.b., mas que procuram sempre alguma dinâmica no seu interior, evitando, assim, um mais que provável entediamento durante a audição. Um bom exemplo é a faixa "Standing In The House Of Suffering", ou então "Childhood's End".
Os Rituals Of The Oak (belo nome, por sinal), com esta estreia, têm tudo para dar nas vistas e serem grandes, num ano recheado de grandes lançamentos no que ao Doom toca. Só o tempo o dirá, mas por aqui têm lugar cativo na playlist. (17/20)
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