terça-feira, 27 de julho de 2010

Keef - Stoned To Doom (2010)

Tenho que ser honesto ao iniciar este texto sobre o primeiro álbum dos, praticamente, desconhecidos Keef: quando ouvi os primeiros temas, a coisa não me agradou muito. O som datado, a voz que não se encaixava com as melodias e uma postura que fica a milhas de distância dos Fu Manchu, por exemplo., não auguravam nada de bom. Sim, porque este trabalho destila por todos os poros Fu Manchu, Black Sabbath e Orange Goblin.
Foram necessárias uma boa dúzia de audições para começar a ver crescer este "Stoned To Doom", embora continue com a clara percepção que o registo vocal de Gregory Cochrane continua a não ser o mais adequado, utilizando um timbre que parece sem garra, demasiado melódico, doce até, sem arriscar um milímetro que seja. A nível instrumental, o início com "The Invader" parece-nos um passo em falso e é só ao terceiro tema, com "Animal Control" que se começa a receber um pouco da brisa desértica que tão bem molda o stoner rock; o groove começa a surgir com maior fluência e Richard Harris começa a extrair da sua guitarra um conjunto de riffs bem catchy e uns solos que dão uma dimensão bem mais consentânea às músicas. Stoner/doom para se ouvir na estrada, banda sonora para uma viagem, com paragem obrigatória para umas cervejas, está claro.
De facto, é na segunda metade do álbum que estão as pérolas. "The Green Shade", "White Widow" ou "Noise Bleed", cada uma à sua maneira, conseguem demonstrar que as ideias com que trabalham e que vão buscá-las a diferentes estilos musicais, encaixam bem, apesar de nunca conseguirem atingir um nível de excelência, como em outros casos. Mas para cartão de apresentação, não se saíram nada mal. (13/20)

English:
I have to be honest while beginning this text of the first album of the practically unknown  Keef, a band from Ontario, Canada: when I heard it  for the first time, the thing did not please me very much. The dated sound, the voice that was not fitted by the melodies and a posture that is miles away of distance of Fu Manchu, for example. Yes, because this work distills for all the pores Fu Manchu, Black Sabbath and Orange Goblin.
A good dozen of auditions were necessary in order that this " Stoned To Doom” began to grow, though I continue with the clear perception that the vocal register of Gregory Cochrane keeps on not being the most appropriate thing, using an insignia that looks without claw, too melodic, sweet up to, without risking one inch to something more aggressive. Instrumentally, the beginning with " The Invader " seems to us a step in false and it is only in the third song, " Animal Control " that we start receiving a little of the desert breeze that so well moulds the stoner rock thing; the groove comes up appearing with bigger fluency and Richard Harris starts to extract from his guitar a set of riffs well catchy and a few solos that give a dimension well more consentaneous to this songs. This is stoner/doom to hear on the road, a nice soundtrack for a travel, with compulsory stopping for a few beers, of course.
In fact, it is only in the second half of the album that we can find some pearls. " The Green Shade ", " White Widow " or " Noise Bleed ", each one to his way, manage to demonstrate the ideas that they work with and which go for them to different musical styles, fitting well, in spite of never managing to reach a level of excellence, just like in other cases. But for card of presentation, they did not go out badly at all. (13/20)

            http://www.psychedoomelic.com/

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