Às vezes, somos confrontados com álbuns que nos colocam em sentido desde o primeiro momento em que tomamos contacto com eles; em outros casos, vão ganhando o nosso respeito e conquistam-nos aos poucos; depois, existem os suportáveis e os irrelevantes. Foi durante a audição do tema de abertura e que dá título a esta segunda proposta que nos chega da Rússia, que nos demos a pensar nesta forma de encarar - ou hierarquizar - a nossa relação com os trabalhos que vamos ouvindo e conhecendo e percebemos que neste caso específico, e depois de ouvir estes três temas colossais, que os Septic Mind tomam conta dos nossos sentidos de uma forma tão bruta e fria que nos deixa completamente aturdidos. O que brota das colunas não é somente funeral doom, mas um conjunto de linhas atmosféricas que nos rodeiam e nos absorvem de tal maneira que nos sentimos no meio de uma tempestade que pára ao fim dos 60 minutos de duração deste registo; uma tempestade que nos vai fustigando, lenta e gélidamente, percorrendo espaços desoladores e inóspitos e mostrando-nos uma negritude espessa como breu.
Perante um cenário destes, está claro que os Esoteric saltam logo para a linha da frente, mas não podemos esquecer uns Pantheist ou mesmo os seminais Thergothon.
'The Begining' contém um trio de temas que prega o Apocalipse, mas de uma forma docemente brutal, embalando-nos durante os seus momentos mais calmos e contemplativos, para depois esmagar-nos sem contemplação ou amistosidade. 'The Misleading' contém nuances que nos lembram os crescendos muito característicos do post-rock/post-metal; e não é que sabem bem aqueles doze minutos antes da entrada da voz gutural de Michael Negiev, como um vento frio que nos bate no corpo e acorda para a dureza e crueza que a música contém. Achamos que após isto tudo, será escusado dizer o que este álbum provocou neste ouvinte. (17.4/20)
English:
Sometimes we are confronted with albums that put us standing straight since the first moment we contact them; in other cases, they gain our respect and conquer us slowly; finnaly, there are the bearable and irrelevant ones, too. It was while we were listening the opening track, and at the same time the title of this second proposal that comes from Russia, that we found ourselves thinking on the way we face - or rank - our relationship with the records that we hear and know and realize that in this specific case, and after hearing these three huge songs, the music of Septic Mind preempt our senses in a way so raw and cold that makes us completely flummoxed. What flows from the speakers is not only funeral doom, but a set of atmospheric lines that surround and absorb us so deeply that we feel in the midst of a storm that goes away only after the 60 minutes of this record; a storm that goes on beating, slowly and icily, traversing bleak and inhospitable places and showing us a thick pitch-blackness.
Of course, with such a scenario like this one, it is clear that the Esoteric jump straight to the front line, but we cannot forget Pantheist or even the seminals Thergothon.
'The Beginning' contains a trio of tracks that preaches the apocalypse, but in a brutal gently way, lulling us during their quiet and contemplative moments, and then crush us without contemplation or friendliness. 'The Misleading' contains nuances that remind us of the very characteristic post-rock/post-metal crescendos, and feels really good those twelve minutes before the entrance of the guttural voice of Michael Negiev as a cold wind that hits us in the body and awakes us to the hardness and ruthlessness that this music contain. We think that after all this, is needless to say which sensation this album has caused in this listener. (17.4/20)
Perante um cenário destes, está claro que os Esoteric saltam logo para a linha da frente, mas não podemos esquecer uns Pantheist ou mesmo os seminais Thergothon.
'The Begining' contém um trio de temas que prega o Apocalipse, mas de uma forma docemente brutal, embalando-nos durante os seus momentos mais calmos e contemplativos, para depois esmagar-nos sem contemplação ou amistosidade. 'The Misleading' contém nuances que nos lembram os crescendos muito característicos do post-rock/post-metal; e não é que sabem bem aqueles doze minutos antes da entrada da voz gutural de Michael Negiev, como um vento frio que nos bate no corpo e acorda para a dureza e crueza que a música contém. Achamos que após isto tudo, será escusado dizer o que este álbum provocou neste ouvinte. (17.4/20)
English:
Sometimes we are confronted with albums that put us standing straight since the first moment we contact them; in other cases, they gain our respect and conquer us slowly; finnaly, there are the bearable and irrelevant ones, too. It was while we were listening the opening track, and at the same time the title of this second proposal that comes from Russia, that we found ourselves thinking on the way we face - or rank - our relationship with the records that we hear and know and realize that in this specific case, and after hearing these three huge songs, the music of Septic Mind preempt our senses in a way so raw and cold that makes us completely flummoxed. What flows from the speakers is not only funeral doom, but a set of atmospheric lines that surround and absorb us so deeply that we feel in the midst of a storm that goes away only after the 60 minutes of this record; a storm that goes on beating, slowly and icily, traversing bleak and inhospitable places and showing us a thick pitch-blackness.
Of course, with such a scenario like this one, it is clear that the Esoteric jump straight to the front line, but we cannot forget Pantheist or even the seminals Thergothon.
'The Beginning' contains a trio of tracks that preaches the apocalypse, but in a brutal gently way, lulling us during their quiet and contemplative moments, and then crush us without contemplation or friendliness. 'The Misleading' contains nuances that remind us of the very characteristic post-rock/post-metal crescendos, and feels really good those twelve minutes before the entrance of the guttural voice of Michael Negiev as a cold wind that hits us in the body and awakes us to the hardness and ruthlessness that this music contain. We think that after all this, is needless to say which sensation this album has caused in this listener. (17.4/20)
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