quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Archon - The Ruins At Dusk (2010)

Esta recta final de 2010 tem reservado alguns bons trabalhos, fazendo prevalecer o adágio "Até ao lavar dos cestos é vindima", e no espectro do Sludge/Doom fomos confrontados ultimamente com alguns registos que não nos passaram indiferentes: o novo álbum dos Salome, "Terminal", já dissecado por estas bandas e este disco de estreia dos, igualmente, norte-americanos Archon. Apesar de serem bem diferentes na sua abordagem musical, acabam por transmitir um conjunto de sensações algo similares, pintadas sob uma paleta de cinzentos bem carregados.
Alicerçados em bandas clássicas como os Black Sabbath ou Pentagram, adicionam à sua sonoridade nuances que nos remetem para uns Electric Wizard ou entram de cabeça em campos mais experimentais onde os Neurosis afloram de imediato.
Assim, com este retrato, que dizer deste "The Ruins At Dusk"? O que nos parece mais óbvio, ou seja, o caldeirão de influências referido resultou em quatro temas de boa qualidade, pesados mas sem perder a noção de melodia, com uma acentuada vertente instrumental bastante interessante - ouça-se a parte final de "Helena (Ruins At Dusk)" ou a desconcertante "The Fate Of Gods" que, ao longo dos seus «singelos» 21 minutos, condensa a sonoridade deste septeto (que conta com um violoncelista! na lista de colaboradores da banda), demonstrando que apesar de se movimentar num círculo bastante sobrepovoado de projectos, apontam linhas de evolução e de abordagem para a sua sonoridade, podendo criar para si e para nós algumas expectativas de um futuro minimamente auspicioso. Se conseguiram musicar o destino dos deuses, aguardamos mais alguns sons do seu próprio destino, então. (14/20)

English:
This final stretch of 2010 has reserved some good works, thus creating the adage "By the washing of the baskets is harvest”, and the specter of Sludge/Doom lately we have been confronted with some records that we have not stayed indifferent: the new album by Salome, "Terminal", as been dissected here a couple of weeks ago and this album's debut, also, American Archon. Although they are quite different in its musical approach, ultimately convey a somewhat similar set of sensations, painted in a palette of grays and loaded.
Rooted in classic bands like Black Sabbath or Pentagram, add nuances to their sound that brings us to some Electric Wizard or go head first into more experimental fields where Neurosis arise immediately.
So with this picture, what about this "The Ruins At Dusk"? What seems most obvious, is the melting pot of influences that resulted in four themes of good quality, heavy but without losing the sense of melody, with a steep slope very interesting instrumental - listen to the final part of "Helen ( Ruins At Dusk) "or the perplexing" The Fate Of Gods ", which, throughout its 'quaint' 21 minutes, captures the sound of this septet (which features a cellist! list of collaborators in the band), demonstrating that despite moving in a circle rather overcrowded project, indicate lines of evolution and approach to its sound, can create for themselves and for us some expectations of future minimally auspicious. If getting music the fate of the gods, look for some more sounds of their own destiny, then. (14/20)



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